
Phil Collins não está exatamente "livrando-se de tudo", como já cantou em "Throwing It All Away" com sua banda Genesis. Mas com o lançamento de seu disco de covers de R&B, "Going Back", sua carreira chega a um ponto que poderia ser chamado por outra canção do Genesis: "Los Endos". "Se este álbum não saísse, eu não estaria fazendo nada agora", diz Collins, de 59 anos.
Se os comentários de Collins se confirmarem --e esta não é a primeira vez que ele fala sobre aposentadoria--, ele certamente deixaria um legado formidável no mundo da música pop. O cantor, compositor, músico e ator nascido em Londres, mas que atualmente reside na Suíça, é um dos únicos três artistas a vender mais de 100 milhões de álbuns com uma banda e por conta própria --os outros são Paul McCartney e Michael Jackson.
Ele ganhou sete prêmios Grammy e emplacou 20 sucessos no Top 40, incluindo o maior número de sucessos entre qualquer artista nos anos 80, com "In the Air Tonight" (1981). Ganhou um Oscar de melhor canção por "You'll Be in My Heart" do desenho animado da Disney "Tarzan" (1999), e ajudou na adaptação do filme como musical da Broadway. Ex-ator infantil, ele também atuou em vários filmes, com maior destaque para "Buster - Procura-se um Ladrão" (1988) e emprestou sua voz para vários desenhos animados.
"Expandi minhas fronteiras pessoais mais do que muitas pessoas provavelmente se lembram. Sempre existem coisas que você gostaria de ter feito diferente, mas em geral eu me orgulho do que fiz e não há muita coisa que eu não tenha tentado". Mas essa ambição teve seu preço. Ele reconhece um pouco de saturação de Phil Collins. "Sei que estive onipresente nos anos 80", ele diz rindo. "Você percebe que começa a enervar as pessoas porque você está sempre lá. Na época eu não sentia isso, tive oportunidades maravilhosas para fazer coisas diferentes, e disse sim para tudo. Mas agora posso ver como eu era irritante".
A boa notícia é que o tempo tem sido bom para a reputação e legado de Collins, produzindo melhores críticas, notas favoráveis na imprensa, seu trabalho sendo usado por rappers e produtores e até mesmo a incluscão do Genesis no Salão da Fama do Rock and Roll neste ano. Sem esquecer da versão hilariante de "In the Air Tonight" pelo campeão de boxe Mike Tyson, no filme do ano passado "Se Beber, Não Case". "Ironicamente, quando estou prestes a encerrar tudo, ocorre uma espécie de reavaliação. Talvez seja por não lançar um álbum em oito anos. É revigorante isso acontecer próximo do que considero o fim do que quero fazer".
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