terça-feira, 12 de outubro de 2010

Christina Aguilera se separa após cinco anos de casamento

Getty Images

Los Angeles (EUA.), 12 out (EFE).- A cantora estado unidense Christina Aguilera se separou do marido Jordan Bratman, juntos desde 2005, informou hoje a revista "USMagazine" em sua edição digital.
Um amigo íntimo da artista disse na publicação que a estrela do pop, de 29 anos, e Bratman, de 33 anos, "estão separados há alguns meses". "Estavam muito apaixonados, mas nos últimos seis meses ficou claro que eram mais amigos que marido e mulher", explicou a fonte.
A cantora chegou a propor uma viagem para a Itália em agosto com intenção de salvar a relação, mas não funcionou. O casal se conhece desde 2002 e segundo o site de celebridades "TMZ", ainda não tem planos de se divorciar.
O filho de dois anos, Max, é a maior preocupação, disse a fonte de "USMagazine". A artista recentemente o levou aos estúdios de gravação enquanto trabalhava na trilha sonora do filme "Burlesque", que estreará no dia 24 de novembro.
"Christina está fazendo o possível para ser a melhor mãe", comentou a fonte. "Tem que fazer malabarismos, mas está conseguindo encontrar um equilíbrio", concluiu.

Pixies traz sua comemoração de 20 anos de "Doolittle" ao Brasil, num dos melhores shows do SWU

Apresentação da banda norte-americana Pixies no último dia do Festival SWU, em Itu (11/10/2010)

Quando o Pixies subiu ao palco do SWU na noite de segunda (11), não demorou para perceber que o show ia ser intenso. Eles não pediram nada: coro, palmas ou pogo. E deram tudo. Um dos shows mais enérgicos e provavelmente o melhor do SWU. A plateia reagiu à altura. Mesmo sem ter sido solicitada, se entregou: cantou junto, pulou e teve até gente emocionada, chorando. 
A apresentação fazia parte de uma turnê extendida de comemoração de 20 anos do disco “Doolittle” (1989). Isso quer dizer que, em cerca de 75 minutos, a banda desfiou seus maiores sucessos, como “Debaser”, “Wave of Mutilation”, “Here Comes Your Man” e “Mr. Grieves”. 
O Pixies faz uma espécie de cabaré protogrunge. Sua música, influência confessa para Kurt Cobain e o Nirvana, parece estar sempre lembrando ao público que aquilo tudo é um espetáculo, uma encenação –nos arranjos, nos comentários dos vocais, nas letras. E a banda consegue ter esse distanciamento de si mesma sem nunca chegar ao ponto de ser fria. 
Além de baixista, Kim Deal faz o papel de uma espécie de mestre de cerimônias. Conversa com o público, faz gracinhas e ri. Frank Black quase não fala, e quando canta, sua voz gutural é a maior presença do palco. O elenco se completa com as presenças quase transparentes de Joey Santiago na guitarra e David Lovering na bateria, que, em uma ou outra música, faz vocais. 
As canções evocam imagens cinematográficas de cortes rápidos: sereias, relações incestuosas, uma filha única de Netuno (Esther Williams?). Em alguns shows da turnê, as músicas são acompanhadas no telão por 11 vídeos especialmente elaborados para isso por diversos artistas. Cenas de filmes mudos dos anos 20, animações e imagens da banda, entre outras cenas, compõem essa cenografia. Uma pena que esse material não tenha vindo para o SWU. 
site do grupo, inaugurado este ano, traz faixas gravadas durante apresentações da turnê americana: "Dancing the Manta Ray", "Monkey Gone to Heaven", "Crackity Jones" e "Gouge Away". Quem nunca viu a banda ao vivo pode ter lá uma pálida noção da genialidade do grupo em seus shows. 
Esta é a segunda vez que o Pixies toca no Brasil. A primeira foi em 2004, em Curitiba.

Linkin Park mostra novo show no encerramento do SWU e esquenta para DJ Tiësto

Chester Bennington em show do Linkin Park no Festival SWU (11/10/2010)

Não é só no novo disco do Linkin Park, "A Thousand Suns", que aparecem os toques da produção de Rick Rubin. O show que a banda fez na noite desta segunda-feira (11), no encerramento do SWU Music and Arts Festival, também traz grande influência do trabalho do produtor, que parece ter mudado o rumo da banda para um som mais arrastado e com menos rap.
Apesar do atraso de 1h do Queens of The Stone Age, o Linkin Park não foi prejudicado, entrando no horário marcado para a banda no Palco Ar. Com uma bandeira do Brasil estendida em frente ao palco, o grupo de Chester Bennington mostrou sua tradicional mistura de rap com metal, inserindo elementos eletrônicos nas músicas. A banda abriu a apresentação com as novas "The Requiem" e "The Radiance".
Do novo disco entraram músicas como "Jornada del Muerto", "Wretches and Kings", "Wisdom, Justice and Love" e os singles "The Catalyst" e "New Divide". Dos antigos hits estavam "Numb", "Crawling", "One Step Closer", "Shadow of The Day", quando Chester desceu até a grade da área premium e cantou junto à plateia, e "In The End", que entrou no bis. Já no início da madrugada para terça-feira (12), o Linkin Park tocou para uma plateia pequena, mas fiel à banda, aquecendo o restante do público para o DJ Tiësto, que encerra a primeira edição do SWU.

Queens of The Stone Age atrasa show em 1h, mas compensa em sucessos barulhentos

Josh Homme em show do Queens of The Stone Age no Festival SWU, em Itu (11/10/2010)

Nem o atraso de 1h para entrar no palco, por causa de problemas técnicos, deixou o público insatisfeito com o Queens of The Stone Age, uma das atrações principais desta segunda-feira (11) do Palco Água no SWU Music and Arts Festival. O carismático líder Josh Homme surgiu ovacionado e sob reverência da plateia, que foi compensada com barulho, sucessos de uma discografia de cinco discos de estúdio e um dos melhores sons do festival, mesmo tendo a apresentação encurtada.
A banda voltou ao Brasil nove anos depois de sua última passagem no país, no Rock In Rio que ficou marcado por um baixista --Nick Oliveri-- pelado no palco. A atual vinda do grupo, agora com Michael Shuman no baixo, coincide com a comemoração dos dez anos do álbum “R”, que ganhou relançamento em edição de luxo. A banda não tem composições novas para mostrar, mas tem músicas suficientes para fã nenhum reclamar.
O Queens of The Stone Age abriu o barulhento show com a música de um verso só "Feel Good (Hit of The Summer)". Homme, sempre preocupado em saber se seu público estava gostando da apresentação, não poupou hits: “Little Sister”, "Do It Again", "Go With The Flow", "In My Head" e o imediato “No One Knows”, louvado pela plateia com mãos ao alto. A banda privilegiou as canções mais pesadas, deixando assim de fora "Make It Wit Chu". “Song For the Dead” encerrou mais uma passagem da banda pelo país.

Veterano do indie rock, Yo La Tengo sai do palco sob vaias de fãs de Linkin Park no SWU

Ira Kaplan, cantor e guitarrista do Yo La Tengo, em show no Festival SWU (11/10/2010)

Um dos nomes mais importantes do indie rock, o Yo La Tengo acertou ao escolher suas músicas com pegada mais rock para tocar no SWU Music and Arts Festival e deixar de lado as baladas --com exceção de "Autum Sweater". O terceiro dia do evento na Fazenda Maeda, em Itu, encerra a maratona de shows com bandas de peso dividindo o mesmo palco do trio norte-americano, uma das atrações com mais tempo de carreira dentro da programação.
O Yo La Tengo entrou no palco ao som de "From A Motel 6" e seguiu com o som prejudicado no início, com instrumentos soando embolados. Depois de acertar a regulagem, o guitarrista e vocalista Ira Kaplan caprichou nas distorções e microfonias, e trouxe de volta o tom experimental que inseriu na cena alternativa há 26 anos de história e em mais de uma dezena de álbuns de estúdio, o último deles, "Popular Song", lançado no ano passado.
No gigantesco Palco Ar, Kaplan e seus companheiros Georgia Hubley (bateria) e James McNew (baixo e voz) --formação que se mantém desde 1992-- pareciam deslocados com tanto espaço para tocar músicas como "Tom Courtenay", "Sugarcube" e "Today is the Day". O show do Yo La Tengo cairia melhor num palco menor e para um público mais direcionado.
Depois de uma versão alongada de "Pass the Hatchet, I Think I'm Goodkind", com quase 15 minutos de distorção sob base de baixo e bateria, a banda saiu de cena sob vaias e dedos médios em riste levantados pelo público que estava na grade que separa a pista comum da área premium, grande parte vestindo camisetas das bandas Avenged Sevenfold e Linkin Park.