segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Banda Nevilton vence concurso para abrir show do Green Day em SP

Nevilton

A banda paranaense Nevilton foi a vencedora do concurso da MTV para abrir o show do Green Day em São Paulo, no dia 20 de outubro.
Formada por Nevilton de Alencar, Tiago "Lobão" Inforzato e Eder "Chapolla", a banda existe há três anos e acabou de voltar de uma temporada em Los Angeles (EUA). O trio toca um rock influenciado por Beatles, Pixies, Cake, Los Hermanos, Belchior, Zé Rodrix, Chico Buarque, Hellacopters e Pavement, entre outros.
A final do concurso aconteceu na última quinta-feira (7), durante uma batalha de pocket shows realizada no Inferno Club, na capital paulista.
Os vencedores competiram com outras quatro bandas: Enjoy, Punkake, Slot e Sugar Kane, que foram julgadas por Marimoon, Supla, Badauí, Chuck Hipolitho e Ricardo (Trama).
Realizado pela MTV, o concurso selecionou, primeiramente, 30 bandas. Na sequência, um júri composto por estrelas da música brasileira definiram as cinco finalistas. O critério para seleção, além da qualidade do trabalho dos artistas, foi o estilo musical da banda.

Carla Bruni canta músicas de David Bowie em álbum beneficente

Philippe Wojazer/Reuters

Londres, 11 out (EFE).- A primeira-dama da França, Carla Bruni, gravou participação no álbum duplo "We were so turned on", com versões de canções de David Bowie e cujo lucro será destinado à organização beneficente War Child, que ajuda crianças que vivem em zonas de guerra.
Carla Bruni gravou "Absolute Beginners", uma canção que chegou à segunda colocação da lista de sucessos britânica em 1986 e que fazia parte da trilha sonora do filme de mesmo nome.
Além da primeira-dama francesa, Devendra Banhart, Duran Duran, A Place To Bury Strangers, Vivian Girls e Swahili Blonde com John Frusciante participaram da homenagem a Bowie.
"Não fazemos discos beneficentes, fazemos bons discos que arrecadam dinheiro para fins beneficentes", manifesta a ONG através de seu site, onde o álbum é vendido por US$ 30.

George Michael sai da prisão após cumprir pena por consumo e posse de drogas


Londres, 11 out (EFE).- O cantor George Michael saiu hoje da prisão após cumprir condenação de quatro semanas por dirigir sob o efeito de drogas quando bateu o carro contra uma loja de fotografia no dia 4 de julho.
O artista, de 47 anos, cumpria pena na prisão Highpoint, em Suffolk, no sudeste da Inglaterra.
Em uma audiência realizada em agosto passado, o cantor se declarou culpado de dirigir sob o efeito de drogas e de posse de maconha.
George Michael tem longo histórico de consumo de drogas e em maio de 2007 já havia declarado-se culpado por dirigir drogado, pelo que sua carteira de motorista foi suspensa por dois anos.

Green Day volta ao Brasil depois de 12 anos e avisa: "será o melhor show de suas vidas"

Green Day

Em 1998, quando pisaram no Brasil pela primeira e única vez, Billie Joe Armstrong, Tré Cool e Mike Dirnt tocavam um rock sujinho e de letras espertas, com algumas poucas baladas de alívio.
A partir de quarta (13/10), quando voltam para quatro shows, os tiozinhos do Green Day vão encher arenas com seus álbuns de "ópera-rock" e suas músicas épicas.
O baterista Tré Cool argumentou, em entrevista ao Folhateen, por telefone, que a banda é como um bom vinho: melhora com o tempo.
Sobre a demora em voltar ao Brasil, após expectativas frustradas em 2006, Tré ironiza: "É melhor tarde do que nunca, não é?".
O Green Day toca em Porto Alegre (13/10), no Rio (15/10), em Brasília (17/10) e em São Paulo (20/10). Ainda há ingressos para todos os shows.

Tré explica que o grupo esteve ocupado nos últimos anos divulgando os discos "American Idiot" (2004) e "21st Century Breakdown" (2009), além de projetos paralelos, como o musical da Broadway que leva o mesmo nome do álbum de 2004.
"Agora, é ótimo estar em uma posição que nos permite visitar vários países, como o Brasil", conta o músico.
Com mais de 20 anos de carreira, o Green Day se reinventou com o disco conceitual "American Idiot", que conta a história do anti-herói "Jesus of Suburbia" e, assim, conquistou novos fãs.
Os shows focam em "21st Century Breakdown", que conta a vida de dois jovens nos anos da presidência de George W. Bush (2001-2009).
"Mudamos o set-list a cada show", avisa Tré. "Sentimos a energia do público. Às vezes, aceitamos sugestões de músicas ou começamos a tocar uma canção que não tocamos há dez anos."
Entre os sucessos "Boulevard of Broken Dreams", de "American...", e "21 Guns", de "21st Century...", Tré adianta que geralmente tocam "Dominated Love Slave", do "Kerplunk" (1992), e "Burnout" e "Welcome to Paradise", do "Dookie" (1994).
A plateia, de acordo com Tré, costuma ser uma "incrível mistura de gerações".
Os fãs brasileiros se mobilizaram no começo do ano para trazer a banda, inclusive criando um vídeo com a participação de dezenas deles.
"Eles podem ter certeza de que será o melhor show de rock que eles já viram na vida", gaba-se Tré. E por quê? "Porque o Green Day está chegando, baby."

Sandy festeja aniversário do marido


Sandy homenageou o marido, Lucas Limas, nesta segunda-feira (11) pelo Twitter.
A cantora disse em seu microblog que hoje é um dia especial e explicou o motivo. “Niver do meu amado Lucas Lima”.
Apaixonada, ela contou que os parabéns foi dado pessoalmente.



"Somos anti-rock and roll", diz guitarrista do Pixies

O vocalista Black Francis se apresenta em Montevidéu, na semana passada

A história do rock está repleta de azarados. Os "quase famosos" são uma vertente à parte. O mais famoso deles, o baterista Pete Best, saiu dos Beatles antes de a banda estourar. Hoje, o festival SWU recebe outro célebre representante dessa turma.
Ainda que reis do mundo alternativo, os norte-americanos dos Pixies serão sempre lembrados pelo grande público como "a banda que inspirou Kurt Cobain na criação de 'Smells like Teen Spirit' mas nunca ganhou muito dinheiro com isso".
A música, "o" hit dos anos 1990, impulsionou o último furacão na indústria fonográfica antes da era dos downloads ao superar nas paradas o então imbatível Michael Jackson e abrir espaço para o rock de garagem.
"Eu estava basicamente tentando copiar os Pixies", disse Cobain (1967-1994) à revista "Rolling Stone".
Enquanto o Nirvana vendia milhões de discos e se tornava uma das bandas mais populares do planeta, os Pixies lançavam discos elogiados pela crítica, mas naufragavam entre brigas internas e pelo desânimo de não "acontecerem". Encerraram as atividades em 1993.

"Não! Não, imagina!", responde rápida e enfaticamente o guitarrista do Pixies, Joey Santiago, 45, quando questionado se sente ciúmes do sucesso alheio.
"Como poderia sentir ciúmes? Como posso explicar.... Eu diria que nós ficamos à parte. Éramos um bando de esquisitos sem graça para a molecada", diz Santiago.
"Nós éramos muito honestos para não sermos do nosso jeito. Até hoje somos anti-rock and roll. Até nossos roadies aparentam ser mais roqueiros. Até nossos fãs são mais roqueiros!"
CULTO
O passar dos anos, no entanto, fez bem ao grupo. Viraram "cult", assim como Velvet Underground e Stooges, grupos que não atingiram sucesso comercial em seus dias, mas inspiraram inúmeros seguidores.
Weezer, Blur e Radiohead, além de vários outros que nunca saíram das garagens, devem algo aos Pixies. Foi a banda de Frank Black, Joey Santiago, Kim Deal e David Lovering quem tornou marca registrada a fórmula musical "parte calma/ parte pesada/ parte calma".
"Fico surpreso em ver nossa influência. Mas não foi por acaso. Trabalhamos duro para isso. Ensaiávamos o tempo todo", diz Santiago.
Em 2004, o Pixies resolveram voltar à ativa. Chegaram a tocar no Brasil, em Curitiba. Esta é a segunda vez deles no Brasil, a primeira em SP.
"Por que voltamos? Foi apenas porque teve interesse por parte do público. Foi uma correria para nos ver tocar", diz Santiago. O grupo, que não chegou a gravar disco novo, nunca escondeu que dinheiro foi uma das motivações para o retorno.
Atração do palco que terá tatuados, como Gloria e Incubus, os Pixies podem parecer ETs para o público mais jovem. Serão três tiozinhos e uma tiazinha que não se mexem muito no palco, com roupas "normais", daquelas de lojas de departamentos, a tocar músicas sobre OVNIs, alienígenas, Velho Testamento e temas surreais.

Ronaldo Lemos: Cantora rouba a cena em reunião sobre o futuro da música


Amanda Palmer é música, fez parte da banda The Dresden Dolls e agora está em carreira solo. Ela tem aparecido em colunas sociais do mundo todo por namorar Neil Gaiman, escritor e criador da épica série de quadrinhos Sandman.
Na semana passada a universidade de Harvard promoveu um evento para tratar do futuro da música. Na sala, o diretor da RIAA (entidade que representa as gravadoras americanas, famosa por processar usuários que baixam música), executivos de grandes gravadoras e professores, como relata Ronaldo Lemos, colunista do caderno Folhateenda Folha
"Mas foi Amanda quem roubou a cena", conta. Na sala, ela comentou que seu último EP, com sete músicas, foi colocado a venda online pelo preço mínimo de 84 centavos de dólar (cerca de R$1,40). Em um mês, faturou 100 mil dólares.

Com pegada mais pop, SWU reuniu 56 mil pessoas em seu segundo dia

SWU O segundo dia do festival SWU reuniu 56 mil pessoas na fazenda Maeda, em Itu (SP), a 75 km de São Paulo. Com pegada mais pop, teve como principais atrações as bandas norte-americanas Dave Matthews Band e Kings of Leon, que fechou o palco principal.
A banda voltou ao Brasil cinco anos após se apresentar no TIM Festival, quando abriu para os Strokes. O show desta noite focou, principalmente, no último álbum, "Only By the Night" (2008). Eles também apresentaram canções do próximo disco, que sai no dia 19/10.
O Kings of Leon montou uma grande estrutura própria de iluminação, composta por dezenas de lâmpadas amarelas, que deram um toque especial à apresentação, que teve entre os pontos altos os hits "Sex on Fire", "Molly's Chambers" e "Use Somebody", tocada no bis.
O vocalista, Caleb Followill, agradeceu ao público brasileiro e disse esperar voltar com a próxima turnê em 2011. De resto, a apresentação foi morna -as canções são boas e foram bem executadas, mas o todo pareceu meio burocrático.
Em um dos shows mais longos do festival até agora, com 1h40 (nada comparado às três horas, em média, que eles tocam), Dave Matthew abriu o show com "Shake Me" e agitou a arena já lotada. A apresentação seguiu com "Die Trying" e "Seven". A banda encerrou o show com "Watchtower"
A maratona musical, no entanto, começou bem antes, às 14h, com apresentação do músico do Cabo Verde Ilo Ferreira. Logo em seguida, a trupe musical O Teatro Mágico mostrou seu espetáculo que mistura música com circo.
Os mineiros do Jota Quest pegaram o público ainda chegando ao evento, mas animou com sucessos da carreira, como "Do Seu Lado".
Logo em seguida, Dinho Ouro Preto comandou a apresentação sempre competente do Capital Inicial. E mandou um recado para os políticos do Brasil ao dedicar a eles a canção "Que País É Esse?", da Legião Urbana.
A banda norte-americana Sublime teve boa recepção no palco Água, um dos dois principais do SWU. Mas empolgou mesmo só na última música, o hit "Santeria".
A russa Regina Spektor causou estranhamento ao tocar seu piano de cauda acompanhada de violoncelo e violino. Mais afeita a apresentações em locais menores, a dona do hit de novela "Fidelity" até empolgou os fãs cativos, mas sua apresentação foi marcada por bate-papo da plateia e gritos de "aumenta o som", que estava realmente baixo.
A britânica Joss Stone deve levar o "troféu simpatia" do SWU. Com sua voz de diva soul, a loira encarou o frio com um vestido sem mangas e descalça, enrolou-se na bandeira brasileira e conversou bastante com o público entre um hit e outro, como "Fell In Love With a Boy".

Último dia do SWU tem Pixies, Linkin Park e Queens of The Stone Age

A banda norte-americana Queens of the Stone Age

Esta segunda-feira (11), terceiro e último dia do Festival SWU, no interior de São Paulo, tem como destaques nomes como Pixies, Linkin Park, Queens of The Stone Age e Cavalera Conspiracy.
Às 14h30, o músico norte-americano Alan Johanes --que já tocou com The Crooked Vultures e Chris Cornell, entre outros-- abre a programação do dia no palco Ar. A maratona de shows termina com o show do Linkin Park, marcado para às 23h25, no mesmo espaço.
O Cavalera Conspiracy, projeto que reúne os irmãos fundadores do Sepultura Max e Iggor Cavalera, fará seu primeiro show brasileiro no festival.
Já o Linkin Park vem ao país com um disco novo na bagagem. "A Thousand Suns", que tem a canção "The Catalyst", foi lançado em meados de setembro.
O Queens of The Stone Age volta ao país depois de quase 10 anos para mostrar seu rock vigoroso, e o Pixies faz a primeira apresentação de sua carreira no estado de São Paulo para tocar seu disco clássico "Doolittle", lançado em 1989.
Veja abaixo a programação do último dia do SWU:
Palco Água
15h05 – Gloria
16h10 – Rahzel
17h45 – Cavalera Conspiracy
19h55 – Incubus
22h20 – Pixies
01h35 – Tiesto

Palco Ar
14h30 – Alan Johanes
15h35 – Crashdiet
17h00 – Yo La Tengo
18h50 – Avenged Sevenfold
20h55 – Queens of the Stone Age
23h25 – Linkin Park

Tenda Heineken Greenspace
15h30 – Anderson Noise
16h45 – Anthony Rother
18h00 – Aeroplane
19h15 – Mix Hell
20h30 – Gui Boratto
21h45 – Erol Alkan

Palco Oi Novo Som
14h40 – Banda Batalha das Bandas
15h30 – Tono
16h30 – Fino Coletivo
17h30 – Mombojó
18h35 – Autoramas
19h40 – BNegão & Seletores de Frequência
20h50 – Josh Rouse
22h10 – CSS (Cansei de Ser Sexy)

Kings of Leon faz show de 1h no SWU, mas público queria apenas "Use Somebody"

O cantor e guitarrista do Kings of Leon, Caleb Followill, em show da banda no Festival SWU, em Itu (10/10/2010)

O Kings of Leon, atração principal deste domingo (10) no festival SWU Music and Arts Festival, poderia ter entrado no palco para tocar "Use Somebody" e ir embora. Seu público sairia satisfeito apenas com essa música, que a banda colocou no final do repertório e deixou quase todos esperando para cantar junto durante pouco mais de uma hora de show. Os outros três discos da família Followill passaram despercebidos pela plateia.
O grupo encerrou a programação do Palco Água frente a uma multidão, na qual dois públicos do Kings of Leon eram facilmente reconhecidos: aqueles que só conhecem "Use Somebody" e o hit premiado com o Grammy "Sex On Fire", e os fãs de carteirinha que quase se recusam a cantar essas duas músicas para provar que não são fãs apenas por causa desse hits.
A banda, conhecida pela postura apática e pelas exigências em seus shows --proibiram que os fotógrafos da imprensa se posicionassem em frente ao centro do palco e exigiram que as imagens exibidas no telão fossem em preto e branco--, até tentou interagir mais com o público, mas só recebeu retorno quando tocaram as músicas de "Only By Night", disco de 2008.
Canções mais antigas, como "Molly's Chambers" e "Manhattan", rendiam tamanha distração para a plateia que havia pessoas de costas para o palco. Se as músicas dos discos anteriores foram ignoradas, as novas foram recebidas com frieza semelhante a que fazia nesta noite na Fazenda Maeda --cerca de 10ºC. Como prometido, o Kings of Leon deu amostras do que virá em "Come Around Sundown", o novo trabalho previsto para sair no final deste mês.
Como adiantou o vocalista e guitarrista Caleb Followill em entrevista a jornalistas em São Paulo, na última sexta-feira (8), as faixas inéditas parece mesmo que não serão absorvidas tão imediatamente quanto o restante da discografia. Ou de "Only By Night". Depois de "Use Somebody" a plateia foi esvaziando-se potencialmente. Poucos ficaram para ouvir a última música, "Black Thumbnail".

Dave Matthews Band encerra palco Ar do SWU no domingo

O músico sul-africano Dave Matthews durante apresentação de sua banda no palco Ar no Festival SWU (10/10/2010)

Os americanos da Dave Matthews Band foram o número de encerramento do palco Ar, neste domingo (10), no SWU, em Itu (SP). O grupo, que se apresentou no Rio de Janeiro na sexta passada, tocou sucessos de carreira como "Don't Drink the Water", "Ants Marching" e o cover de "All Along the Watchtower", de Bob Dylan.
Nas quase duas horas de show, o grupo apresentou também canções de seu novo disco, "Big Whiskey and the GrooGrux King", como "Shake me Like a Monkey", que abriu o show, "Seven" e "Why I Am".
Como o festival tem exibido todos os shows nos telões de ambos os palcos (uma vez que neles não há apresentações concomitantes), a platéia acabou por se espalhar também diante do palco Água para ver a banda no vídeo. Durante o show, era impossível trafegar na região diante do palco em que o grupo tocava.
Antes da Dave Matthews Band, as atrações dos palcos principais do festival foram O Teatro Mágico, Jota Quest, Capital Inicial, Sublime com Rome, Regina Spektor e Joss Stone. 

Anahí mostra a turnê "Mi Delírio Reloaded" em São Paulo

Regina Spektor apresenta sua música lunar e delicada no SWU

A cantora e pianista Regina Spektor faz show no segundo dia do festival SWU, em Itu (10/10/2010)

A lua nova era só um fiapo no céu quando Regina Spektor deu os primeiros acordes de "The Calculation", música que abriu seu show na Fazenda Maeda, em Itu (SP), para um público de cerca de 15 mil pessoas, na noite deste domingo (10), segundo dia de SWU. 

E Regina faz uma música que se poderia dizer lunar e feminina, e que parece ter sempre um travo melancólico, mesmo nos momentos felizes. Ela pertence a uma linhagem de compositoras-cantoras pop que passa por Kate Bush e Björk --artistas que se caracterizam por letras de forte apelo literário e por um flerte com a música clássica e experimental em suas composições e arranjos.

No show apresentado no SWU, o repertório foi dominado por canções de “Far” (2009), seu disco mais recente. Este é seu álbum menos “introspectivo”, mas, mesmo assim, essas são canções delicadas, artesanais, sem “verniz”, que prezam suas próprias arestas. 

Na maior parte do show, ela é acompanhada por violoncelo, viola, bateria e piano (que ela mesma toca). Os arranjos e composições são requintados. Em “Machine”, por exemplo, o acompanhamento do piano lembra um ostinato de Schubert. Em “Poor Little Rich Boy” (do disco “Soviet Kitsch”), ela batuca uma cadeira com a mão direita enquanto toca piano com a esquerda. Em "Après Moi", a cantora, que nasceu na Rússia e migrou para os Estados Unidos aos 9 anos, recria um poema de Boris Pasternak em russo. Até as poucas músicas mais “altas”, que ela canta à guitarra, dependem de sutilezas.

Nas canções mais conhecidas, como “Fidelity”e “Eet”, o público chegou a fazer coro, e fingiu não perceber que, por diversas vezes durante o show, Spektor acenava para o técnico pedindo correções no som. Simpática, a cantora disse que quer voltar ao Brasil, “quando estiver calor”, e agradeceu em português.

Ao final, a impressão que se teve é de que um palco tão grande não é adequado para um show que exige tantos cuidados.

Compositor de "Vai Vadiar", morre no Rio o sambista Ratinho

  Morreu no início da tarde deste domingo (10), aos 62 anos, o sambista Alcino Correia Ferreira, o Ratinho, conhecido por composições como "Coração em Desalinho" e "Vai Vadiar", feitas em parceria com Monarco e sucessos na voz de Zeca Pagodinho.

Ele deu entrada na manhã de ontem no hospital municipal Salgado Filho, no Meier, zona norte do Rio, com quadro de Acidente Vascular Cerebral. Nascido em Portugal, ele morava no Rio desde os quatro anos de idade.
Frequentou desde criança a Caprichosos de Pilares, pois seu pai tinha uma barbearia perto da quadra. Venceu sete vezes a disputa de samba-enredo na escola.
Neste ano ele lançou seu primeiro CD, "O Rato Sai da Toca", com músicas inéditas interpretadas pelo compositor, parte delas em parceria com Zeca Pagodinho.
Ele está sendo velado na capela Santa Cássia, próxima ao hospital Salgado Filho, e será enterrado às 13h desta segunda-feira, no cemitério de Inhaúma, também na zona norte.