sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Academia anuncia candidatos ao Oscar de melhor trilha sonora


A Academia de Hollywood revelou os nomes das 77 trilhas sonoras originais candidatas a entrar na briga pelo Oscar, segundo a lista enviada esta semana aos 236 membros eleitores do ramo musical da entidade.
 
A lista, publicada nesta quinta-feira pela revista "Variety", exclui quatro das grandes favoritas na categoria: "Cisne Negro" e "Bravura Indômita", ao se basear "substancialmente" em material já existente, e "Minhas Mães e Meu Pai" e "O Vencedor", pela grande presença de canções, que diminuem o papel da trilha sonora.
 
Também ficaram de fora das faixas pré-selecionadas as animações "Enrolados" e "Toy Story 3", mas por decisão dos estúdios, já que preferem que ambas entrem na categoria de melhor canção.
 
A Academia, para evitar que os votos se dirijam aos compositores mais conhecidos, só publica na lista enviada os nomes dos filmes, sem dizer quem é o autor de cada música.
 
Por enquanto saem como favoritos James Newton Howard, com quatro filmes ("Salt", "O Turista", "Amor e Outras Drogas" e "O Último Mestre do Ar"), e Alexandre Desplat, com três ("O Discurso do Rei", "O Escritor Fantasma" e "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I")
David Arnold também compete com três filmes ("As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada", "Made in Dagenham" e "Uma Manhã Gloriosa"), e outros 12 compositores concorrem com dois filmes. Clint Eastwood e Sylvain Chomet podem conseguir uma indicação por composições para filmes dirigidos por eles: "Além da Vida" e "O Mágico", respectivamente.
 
Os nomes dos candidatos às estatuetas douradas serão revelados no dia 25 de janeiro.
 
A cerimônia de entrega de prêmios será realizada mais uma vez no Teatro Kodak, de Los Angeles, no dia 27 de fevereiro, e será exibida nos EUA pela rede "ABC".

Músico de jazz Billy Taylor morre aos 89 anos em Nova York

Getty Images

Billy Taylor, influente jazzista e compositor que introduziu o gênero a um novo público como apresentador de TV, professor e descobridor de talentos, morreu na terça-feira em Nova York de insuficiência cardíaca aos 89 anos.
A entidade cultural e artística Kennedy Center, em Washington, dirigida por Taylor desde 1994, descreveu o músico como "um grande homem de estado e embaixador do jazz em todo o mundo."
"Somos gratos à devoção, amizade e influência no jazz do doutor Taylor", disse em comunicado o vice-presidente de educação e jazz no Kennedy Center, Darrell Ayers.
Representantes de Taylor disseram que sua filha, Kim Taylor-Thompson, informou sobre a causa de morte.
Taylor nasceu em Greenville, na Carolina do Norte, em 1921, e se mudou para Nova York, onde tocou jazz com grandes nomes, como Ben Webster, Miles Davis, Charlie Parker, Billie Holiday e Ella Fitzgerald, entre outros.
Ele começou a tocar profissionalmente em 1944 e, como líder de seu trio, Taylor compôs mais de 300 músicas e acompanhou figuras legendárias, como Charles Mingus.
Sua música "I Wish I Knew How It Would Feel to Be Free" se tornou um hino do movimento de direitos civis dos Estados Unidos. Mas Taylor se tornou famoso menos como instrumentista do que como um dos mais destacados defensores do jazz.
Na TV e no rádio, Taylor criou programas de jazz, apresentou músicos e divulgou a música por todos os Estados Unidos.
Ele também ensinou jazz das mais diversas formas, incluindo programas comunitários e seminários nas Universidades de Yale e de Massachusetts-Amherst, onde fez seu doutorado.
Em sua carreira, Taylor ganhou a Medalha Nacional das Artes, recebeu o título de Mestre de Jazz pelo Fundo Nacional das Artes e 20 títulos honorários.
Taylor morava em Riverdale, New York, e deixa sua mulher, Theodora, e uma filha. Seu filho, Duane, morreu em 1988.

Após saída de membros, vocalista do Paramore diz que banda vai mostrar no Brasil que ainda consegue fazer ótimo show

A cantora Hayley Williams em show do Paramore na Califórnia (22/07/2009)

Momentos de turbulência não têm hora para acontecer. Às vésperas de fazer uma turnê pela América do Sul com cinco datas no Brasil em fevereiro, a banda norte-americana Paramore perdeu dois de seus fundadores: os irmãos Josh e Zac Farro, que tocavam guitarra e bateria, respectivamente, deixaram o grupo no fim de dezembro.

A saída gerou controvérsias. A dupla alegou que a banda havia se tornado "um produto criado por uma grande gravadora" e que ambos eram tratados apenas como músicos de apoio, e não como parte do Paramore. A vocalista Hayley Williams, por outro lado, diz que, nos últimos meses, os irmãos pareciam não ter mais vontade de estar por perto e que ela e o restante do grupo encorajava a busca de ambos pela felicidade.

A ausência de dois integrantes com a importância de Josh e Zac, entretanto, não fez com que o Paramore entrasse em hiato ou sequer cancelasse os shows no Brasil. O trio que sobrou vem ao país com dois músicos no lugar da dupla --Justin York (irmão do guitarrista Taylor) na guitarra e Josh Freese (do grupo A Perfect Circle) na bateria--, e já planeja novas canções e até mesmo a gravação de um disco de inéditas para o ano de 2011.

O primeiro show da banda no Brasil acontece no dia 16 de fevereiro, em Brasília (Ginásio Nilson Nelson). No dia seguinte (17), o grupo toca em Belo Horizonte (Chevrolet Hall). Depois, o Paramore segue para o Rio de Janeiro (Citibank Hall) no dia 19 e, em seguida, toca em São Paulo (Credicard Hall) em 20 de fevereiro. Por fim, encerra a sequência de shows no país em Porto Alegre (Teatro Bourbon) no dia 22. A turnê divulga "Brand New Eyes", terceiro trabalho da banda, lançado em 2009.

Por telefone, Hayley Williams falou ao UOL Música sobre a turnê na América Latina, a saída dos integrantes Josh e Zac e o futuro do Paramore sem dois integrantes que estavam com a banda desde seu início.