
Velha conhecida no meio musical, a fotógrafa carioca Cristina Granato, 48, se define como "figurinha fácil" na noite do Rio de Janeiro. Há 30 anos, ela registra bastidores de shows e lançamentos de discos da MPB.
Seu trabalho não é exatamente jornalístico. Granato ganha a vida como free-lancer, contratada pelos próprios músicos ou gravadoras para cobrir eventos.
A natureza dessa profissão se reflete em duas características fundamentais de suas fotos, reunidas no livro "Cristina Granato - Um Olhar na Música Popular Brasileira", lançado esta semana.
A primeira delas é que seus flagrantes nunca são embaraçosos para os artistas: eles transitam numa vertente oposta à dos paparazzi. Os personagens fotografados geralmente aparecem sorrindo e abraçados.
A segunda característica advém dessa postura "de confiança" para com as celebridades, aliada a um talento social muito particular. Como quase nenhum outro fotógrafo, ela tem acesso aos camarins e é amiga de muita gente da área.
E teve o mérito de estabelecer uma ligação tão direta com seu objeto que consegue arrancar dos artistas uma intimidade e naturalidade acessíveis apenas aos amigos próximos. Este é o lado mais valioso das fotos que produz.
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