
A grande atração do festival Planeta Terra consiste em um nome: Billy Corgan. Líder da banda alternativa Smashing Pumpkins, ele é o único membro original na formação que vem a São Paulo.
Os ingressos para o festival, que acontece no próximo sábado, estão esgotados.
Em sua carreira, a banda tem hits como "Cherub Rock", "Today" e "Tonight, Tonight", que dominaram o rádio e a MTV por anos.
Agora, o grupo aposta em um novo formato. Acabaram de lançar um novo álbum, "Teargarden by Kaleidyscope", em partes e de graça pela internet, como fizeram com "Machina II", em 2000.
"Eu amo o Brasil, é um dos melhores lugares para se tocar e os outros integrantes da banda nunca estiveram aí."
O festival é uma incógnita para ele, que não conhece as bandas com quem dividirá o palco --Phoenix ou Of Montreal. "Não existem mais grandes bandas", amarga.
Uma delas, no entanto, é velha conhecida dos Pumpkins: o Pavement, que nos anos 1990 os criticou na letra de "Range Life".
"Eles não servem para nada, eu não entendo o que eles significam e eu não poderia dar a mínima", diz a letra.
"Eles vão tocar na mesma noite que a gente?" O Pavement toca exatamente antes de Corgan no mesmo palco e dia, e pode haver um encontro no "backstage".
"Não vamos nos encontrar, por que senão vai ter uma briga. Eu não gosto deles". Que tipo de briga? "Bem, você sabe, quando você fecha a mão e dá um soco na cara da pessoa."
Quando a reportagem da Folha conversou com o guitarrista Scott Kannberg, do Pavement, o músico afirmou que o Smashing Pumpkins "não era importante".
"Não somos importantes, mas eles, que deveriam ser o símbolo dos valores alternativos, são 'vendidos' que tocam as músicas velhas porque precisam de dinheiro."
Se o encontro acontecer, o festival pode virar palco de grandes provocações. "Vamos tocar as músicas do Pavement melhor do que eles."
Brincadeiras à parte, Corgan promete basear seu repertório em toda a carreira da banda, mas incluindo muitas músicas novas.
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