quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"Eu complemento, eu não compito", diz Santana sobre seu novo disco de regravações com convidados

Getty Images for NARAS

Seu mais recente álbum pegou até mesmo ele de surpresa, reconhece Carlos Santana. "Nunca imaginei algo assim", diz o lendário guitarrista do rock. "Guitar Heaven: The Greatest Guitar Classics of All Time" encontrou o virtuoso veterano tocando 12 clássicos do rock, da autoria de AC/DC, Beatles, Cream, Rolling Stones e outros em colaboração com diversos cantores, até mesmo o rapper Nas e o violoncelista Yo-Yo Ma.

Ideia do executivo Clive Davis, da Sony Music, ele não difere do disco ganhador do Grammy de Santana, "Supernatural" (1999), e seus sucessores igualmente repletos de convidados, "Shaman" (2002) e "All That I Am" (2005). Mas mesmo Santana diz que a perspectiva de caminhar por esse terreno musical o deixou desconfortável. "Clive me atraiu para sua paixão suprema", diz Santana, de 63 anos, que nasceu no México e cresceu em San Francisco. "Eu não sabia se queria fazer isso, era um tanto desafiador, tinha um pouco de medo".

Davis trabalhou com Santana no início de sua carreira e sabia como acalmar seus temores. "Ele disse: 'veja, Carlos, 'Black Magic Woman' (1970) e Peter Green. 'Evil Ways' (1969) e Willie Bobo. 'Oye Como Va' (1970) e Tito Puente. Você tem feito isso a vida toda'", lembra Santana. "Então comecei a perceber que, de novo, alguém com uma paixão tão intensa não poderia estar errado. Ele me convenceu a encarar sem medo, confiei nele e este milagre incrível surgiu".


Mas mesmo milagres exigem trabalho árduo. Santana e Davis escolheram cada um metade das faixas de "Guitar Heaven", trabalhando a partir de uma relação que Davis fez utilizando as listas de maiores guitarristas e maiores canções de rock da revista "Rolling Stone". Ele ri, lembrando que o mesmo aconteceu com "Smooth" (1999), que se transformou em um grande sucesso e ganhou três prêmios Grammy. "Clive me dizia: 'você não confiou em mim em 'Smooth' e veja o que aconteceu'. Ele sempre esfrega as coisas na minha cara quando está certo", diz Santana.

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