
Um concerto perdido de flauta do compositor e virtuose do violino Antonio Vivaldi, do século 18, foi descoberto por um acadêmico em meio a papéis empoeirados nos Arquivos Nacionais da Escócia.
A descoberta extraordinária, uma cópia de 300 anos de idade do manuscrito original do compositor barroco italiano, abrange as partituras de "Il Gran Mogol", parte de um quarteto de concertos nacionais.
Os outros, intitulados "La Francia", "La Spagna" e "L'Inghilterro", continuam desaparecidos.
A partitura foi encontrada e autenticada pelo pesquisador Andrew Woolley, da Universidade de Southampton. Acadêmicos pensam que é possível que ela nunca tenha sido tocada.
"Até agora a existência dessa obra era conhecida apenas por sua menção no catálogo de vendas de um livreiro holandês do século 18. Descobrir que ela existe realmente foi inesperado e tremendamente instigante", disse Wooley.
Um representante da Universidade de Southampton disse: "Esta é uma cópia do original publicada no século 18, logo, não foi manuscrita pelo próprio Vivaldi, mas não temos conhecimento da existência de nenhuma outra cópia."
A obra está quase completa, faltando apenas a partitura do segundo violino. Woolley conseguiu reconstruir a partitura que falta consultando outro concerto de flauta de Vivaldi, guardado em Turim, na Itália, que, segundo ele, parece ser uma versão retrabalhada do original.
Os acadêmicos não sabem como a partitura chegou à Escócia.
Uma teoria é que ela teria sido adquirida pelo nobre flautista lorde Robert Kerr, filho da terceira Marquesa de Lothian, durante uma grande turnê na Europa feita no início do século 18.
O manuscrito foi preservado entre os documentos de família dos marqueses de Lothian e foi comprado pelos Arquivos Nacionais em 1991.
O concerto será apresentado pela primeira vez em janeiro na sala de concertos de Perth, na Escócia.
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