sábado, 16 de outubro de 2010

10 mil cariocas ficam extasiados com o espetáculo visual do Green Day


Ontem foi a vez do Rio de Janeiro conferir o show do Green Day. Cerca de dez mil pessoas ficaram extasiadas com o espetáculo que reúne fogos de artifício, jatos da água, labaredas, lançador de papel higiênico e de camiseta, show de calouros, entre outras pirotecnias visuais. 



O vocalista e guitarrista da banda Billie Joe Armstrong comanda o público do primeiro ao último minuto exercendo todo seu carisma. A platéia reage e obedece a todos os seus comandos sem pestanejar. Armstrong combina todas as posturas possíveis de uma estrela do rock e as encena direitinho para os fãs, que enlouquecem e gritam a um simples olhar. Apesar da movimentação constante e muita simpatia, ele acaba exagerando na dose de presepadas e declarações a cada minuto de amor incondicional ao Brasil. 

Apesar desse comportamento, o show do Green Day diverte até mesmo quem não é fã da banda. Eles conseguiram ultrapassar a condição de uma simples banda de punk rock, transformando-se em sucesso de critica e vendagens. Eles iniciaram em 1987 sem inovar o gênero. Porém, revitalizando o som punk dos anos 70 para uma nova geração. Com o sucesso comercial em 1994 do álbum "Dookie", que vendeu mais de 10 milhões de cópias, começaram sua transição musical. Primeiro inspirados no The Kinks mudando para um gênero mais pop no disco "Warning", depois com as operas rock "American Idiot" e "21st Century Breakdown", inspirados respectivamente no The Who e no Queen, mas sempre com uma pegada new punk. As influências dos grandes astros do rock em geral estão presentes também nas pequenas doses decovers que eles tocam para introduzir algumas de suas músicas ou em formato de medley.

Marcado para as 22h, o Green Day iniciou sua apresentação com meia hora de atraso. O prólogo ficou a cargo de uma pessoa travestida de coelhinho rosa, fingindo estar bêbado, que dança e sacoleja. Nas caixas de som a música "YMCA", da banda Village People. Logo após esse inicio irônico, o Green Day abre com "21st Century Breakdown", musica homônima do último álbum (2009). As próximas duas canções também são do mesmo disco: "Know your Enemy" e "East Jesus Nowhere". 

Depois eles alternam músicas de todas as fases de sua carreira dos álbuns "Nimrod" (1997), "Insomniac" (1995), "Kerplunk!" (1992), "Warning" (2000) e "1,039 /Smoothed out Slappy hours" (1991), sendo que "Dookie" (1994) e "American Idiot" (2004) são os que mais contribuem para o repertório por serem o que mais vendeu e o mais premiado, respectivamente.

O trio Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt (baixo) e Tre Cool (bateria) recebem o reforço de mais dois guitarristas e um tecladista /saxofonista para a apresentação ao vivo. A banda ainda concede dois bis, sendo que o último com um set acústico em que Armstrong toca praticamente sozinho. 

Quem assistiu ao show do Green Day há doze anos no Brasil, não tem com dimensionar as diferenças em relação ao atual. O Green Day protagoniza um verdadeiro espetáculo teatral de quase 3 horas de duração. Cada música é acompanhada de alguma atração visual ou jogo teatral: em "Know your enemy", um fã sobe ao palco e voa para a platéia (mosh); em "Are we the waiting", uma fã no palco, ganha beijo de língua; em "Going to Pasalacqua" e "2000 light years away", vários fãs sobem ao palco e dançam em volta da banda; em "Longview", dois fãs tiveram a oportunidade de cantar a canção, sendo que o último empunhou a guitarra de Armstrong e ainda a levou de presente; em "King for a Day", toda a banda se traveste com chapéus, óculos e penduricalhos; em "21 guns", cascata de fogos; e em "Minority", chuva de confete. 

Bem verdade, que é tudo ensaiado. A banda esteve em Porto Alegre na última quarta-feira e repetiu em quase sua totalidade a apresentação que fez por lá com as mesmas "invasões de palco" e peculiaridades. A única vez que um espectador subiu ao palco sem ser autorizado no Rio, levou um mata-leão dos seguranças e foi arrastado para a coxia. Fica claro, que existe um roteiro e o mesmo precisa ser cumprido com exatidão.

A turnê brasileira continua domingo em Brasília e na próxima quarta em São Paulo. Ainda tem ingressos para todos os setores. 

Set list:
Song of the Century 
21st Century Breakdown 
Know Your Enemy 
East Jesus Nowhere 
Holiday 
Nice Guys Finish Last 
Give Me Novacaine 
Letterbomb
Are We the Waiting  
St. Jimmy 
Boulevard of Broken Dreams 
Burnout 
Geek Stink Breath 
Going To Pasalacqua  
2000 Light Years Away 
Hitchin a Ride 
When I Come Around 
Iron Man /Rock N Roll /Sweet Child O Mine /Highway to hell 
Brain Stew 
Jaded  
Longview  
Basket Case 
She
King For a Day 
Shout /Blitzkrieg Bop /Break On Through /Satisfaction /Hey Jude 
21 Guns (Paint It Black Intro) 
Minority 

Bis:
American Idiot 
Jesus of Suburbia 

Bis 2 - acústico:
Whatsername 
Wake Me Up When September Ends 
Good Riddance (Time of Your Life)



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